O primeiro de todos os dons da vida é o dom do amor. Sem amor, não existiríamos.

Somos mergulhados, diariamente, nesse profundo mistério de amor, quer o amor humano quer o Amor de Deus, de onde tudo parte. Assim acontece no mistério da terceira Pessoa da Santíssima Trindade que é Amor, o Espírito Santo.

O Espírito Santo é o Amor entre o Pai e o Filho, vivido de tal forma que se torna uma perfeita relação. O termo “Espírito” traduz o termo hebraico “Ruah” que está associado a sopro, vento. Nas Escrituras, o Espírito Santo é-nos apresentado através de diversos símbolos: vento, água, fogo, unção, nuvem, luz, selo, dedo, pomba. (CIC 694-701).

O simbolismo da água é significativo no Batismo, em que se torna sinal sacramental eficaz do novo nascimento, pois que a água batismal significa o nosso nascimento para a vida divina, que brota de Jesus Cristo crucificado.

O simbolismo da unção com óleo é sinal sacramental da Confirmação, que nas Igrejas Orientais se chama «Crismação», cuja força se compreende na unção de Cristo, que quer dizer «ungido». O ungido do Senhor.

O simbolismo do fogo significa a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. Assim observamos em diversos momentos: O profeta Elias que “apareceu como um fogo” (Sir 48, 1), João Baptista que “irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias” (Lc 1, 17), Jesus que Se apresenta como Aquele que vem “lançar fogo sobre a terra (Lc 12, 49) e no dia de Pentecostes, que aparece sob a forma de “línguas de fogo”.

Os simbolismos da nuvem e da luz são inseparáveis nas revelações do Espírito Santo, os quais podemos ver em diversos momentos também: nas teofanias do Antigo Testamento a nuvem, ora escura, ora luminosa, em Deus que manifesta a sua glória a Moisés no monte Sinai, a Virgem Maria que concebe Jesus no seu seio pelo poder do Espírito Santo e Ele a “cobre com a sua sombra”, no monte da transfiguração ou na nuvem que “esconde Jesus aos olhos” dos discípulos na Ascensão.