Christus totus: Liturgia celeste, uma celebração plena de comunhão e festa.
- Ricardo Casimiro
- May 17, 2024
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Updated: May 17, 2024
Quando participamos no mistério da liturgia, todos celebramos, pela graça do batismo que a todos nos une: papa, bispos, presbíteros e fiéis, celebramos o mistério da redenção em profunda comunhão e unidade com toda a igreja da terra e do Céu. Vemos, no Apocalipse de São João, um trono no Céu, Deus sentado lá e de pé o Cordeiro que foi imolado, morto, mas que ressuscitou, está vivo e é o Sumo Sacerdote que oferece e é oferecido ao mesmo tempo. Vemos o rio da Vida, vemos toda a criação, da Antiga e Nova Aliança, vemos uma multidão incontável e a Virgem Santíssima Mãe de Deus, e exultamos porque é nesta liturgia eterna que cada um de nós participa sempre que celebra o mistério da salvação nos sacramentos.
Pelo Espírito Santo, na Liturgia Jesus torna-nos semelhantes a Si e ajuda-nos a viver a caridade como Ele a viveu. A liturgia é, portanto, o momento em que, pela graça do Espírito Santo, entramos em contacto com Jesus e somos assimilados n’Ele. Jesus e oferece-se a si próprio, toma a sua vida e oferece-a. Graças ao Espírito de Jesus, também nós podemos e devemos tomar a nossa vida e oferecê-la a Ele, uma vida animada pela liturgia que se torna sacrifício. E quanto mais nós fazemos comunhão com Jesus, tanto mais Ele nos dá o Espírito Santo, que nos permite tomar a nossa vida e fazê-la tornar-se um sacrifício agradável a Deus. Este é o que a igreja chama de sacerdócio comum dos fiéis, que não é mais do que viver o sacrifício de Jesus. Através do Sacerdote e da comunidade que reza, a Igreja celebra, faz a Eucaristia, que é a pessoa de Cristo.
O sacerdote age in persona Christi, que significa que Jesus Cristo está vivo através de uma comunidade que reza, toma-nos e atrai-nos a si. Este sacerdócio comum é o de Cristo, porém, participado por todos os seus membros, cada um com a sua função; acólitos, cantores, leitores, comentadores da Palavra. A assembleia que celebra é, portanto, a comunidade dos batizados, consagrados para ser o lugar, uma casa espiritual e um sacerdócio santo. Que a Virgem Santíssima, a Mulher Nova do Apocalipse, nos ajude a que o encontro com Jesus na Eucaristia possa despertar em nós a capacidade de amar e de entregar a vida em favor dos outros, como e com Jesus, porque a Eucaristia é a escola onde aprendemos a amar segundo o coração de Cristo.
Ricardo Casimiro





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