Nossa Senhora abre-nos uma janela de esperança
- Ricardo Casimiro
- Jun 6, 2024
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Durante o mês de Maio, mês dedicado a Nossa Senhora, temos vindo a refletir, de forma especial, nas aparições do Anjo de Portugal e de Nossa Senhora em Fátima, aos 3 Pastorinhos. Agora em junho dedicamo-lo às aparições de 13 de junho e julho na cova da Iria, e 19 de Agosto nos Valinhos.
No dia 13 de Junho de 1917, depois dos três pastorinhos rezarem o terço com mais algumas pessoas que estavam presentes na Cova da Iria, viram de novo o reflexo da luz que se aproximava e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira, em tudo igual a Maio.
Lúcia perguntou:
— Vossemecê que me quer?
Nossa Senhora respondeu:
— Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi quem sou e o que quero.
De seguida, Lúcia pediu a cura de um doente. Nossa Senhora respondeu:
— Se se converter, curar-se-á durante o ano.
E o diálogo continuou:
— Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu.
— Sim; à Jacinta e ao Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração.
— Fico cá sozinha? Perguntou Lúcia com pena.
— Não, filha. E tu, sofres muito? - Perguntou Nossa Senhora - Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Lúcia conta que foi momento em que Nossa Senhora disse estas últimas palavras que abriu as mãos e lhes comunicou, pela segunda vez, o reflexo de uma luz imensa. Nela, os pastorinhos se viam como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco pareciam estar na parte dessa luz que se elevava para o Céu e a Lúcia na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia estarem-Lhe cravados.
Os pastorinhos compreenderam que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.
No dia 13 de julho, já uma numerosa multidão acompanhava os pastorinhos à Cova da Iria. Chegada Nossa Senhora, Lúcia pergunta:
— Vossemecê que me quer?
— Quero que venham aqui no dia 13 do mês que vem, que continuem a rezar o terço todos os dias, em honra de Nossa Senhora do Rosário, para obter a paz do mundo e o fim da guerra, porque só Ela lhes poderá valer.
— Queria pedir-Lhe para nos dizer quem é, continuou Lúcia, e para fazer um milagre com que todos acreditem que Vossemecê nos aparece.
— Continuem a vir aqui todos os meses, respondeu Nossa Senhora. Em Outubro, direi quem sou e o que quero, e farei um milagre que todos hão-de ver, para acreditar.
E continuou:
— Sacrificai-vos pelos pecadores e dizei muitas vezes, em especial sempre que fizerdes algum sacrifício: Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria.
Ao dizer estas últimas palavras, abriu de novo as mãos, como nos dois meses passados. Neste momento Nossa Senhora comunicou-lhes um segredo, acerca do qual os pastorinhos passaram por imensos interrogatórios.

Pelo motivo acima referido, no dia 13 de agosto os pastorinhos estavam presos em Vila Nova de Ourém.
No domingo seguinte, dia 19, andando Lúcia com as ovelhas na companhia de Francisco e seu irmão João, num lugar chamado Valinhos, e sentindo que alguma coisa de sobrenatural se aproximava, pediram ao João que fosse chamar a Jacinta.
Chegada a Jacinta, viram o reflexo da luz e, um instante depois, Nossa Senhora sobre uma carrasqueira.
— Que é que Vossemecê me quer? Perguntou Lúcia.
— Quero que continueis a ir à Cova de Iria no dia 13, que continueis a rezar o terço todos os dias. No último mês farei o milagre, para que todos acreditem.
Lúcia continua:
— Que é que Vossemecê quer que se faça ao dinheiro que o povo deixa na Cova de Iria?
— Façam dois andores, respondeu Nossa Senhora: um, leva-o tu com a Jacinta e mais duas meninas vestidas de branco; o outro, que o leve o Francisco com mais três meninos.
Depois acrescentou:
— O dinheiro dos andores é para a festa de Nossa Senhora do Rosário e o que sobrar é para a ajuda duma capela que hão-de mandar fazer.
— Queria pedir-Lhe a cura dalguns doentes. Pediu Lúcia.
— Sim; alguns curarei durante o ano, respondeu Nossa Senhora.
E, tomando um aspeto mais triste, Nossa Senhora acrescentou: Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas.
E, como de costume, começou a elevar-se em direção ao nascente.
Nestas Aparições, Nossa Senhora abre-nos uma janela de esperança, convida-nos a fazer um percurso e um caminho para Deus, através do seu Coração Imaculado. Ter devoção ao seu Coração é aceitar o desafio de nos colocarmos nas mãos de Deus, porque Ela quer que sintamos o seu amor e o seu carinho por cada um de nós. E Nossa Senhora nunca nos deixa.
Tal como em 1917, hoje Nossa Senhora também nos diz: “Eu nunca te deixarei. O meu Coração Imaculado será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus”.
