A Eucaristia é o gesto que melhor traduz o infinito amor de Deus, pela sua proximidade e intimidade.

No evangelho de S. João o Senhor diz-nos que Ele é o Pão vivo: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente [...] Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna [...], permanece em Mim, e Eu nele” (Jo 6, 51.54.56).

Na celebração litúrgica da eucaristia nós temos sempre a proclamação da Palavra de Deus, a acção de graças, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete divino, onde podemos receber o corpo e sangue do Senhor.

A Eucaristia é o coração e o cume da vida da Igreja, porque Jesus ofereceu-Se para morrer na cruz e a Eucaristia é o memorial, a atualização de todo o sacrifício de Jesus. Este sacrifício incruento é oferecido, também, em reparação dos pecados de toda a Igreja, dos vivos e dos defuntos e, ainda, para alcançar de Deus as graças espirituais ou temporais que todos nós necessitamos.

Na Eucaristia o Senhor une-Se à Igreja, a todos nós que formamos um só Corpo com Ele e, através da Eucaristia, Ele derrama as suas graças de salvação para todos nós. É o Senhor que age, na pessoa do Sacerdote validamente ordenado que, ao pronunciar as palavras de Jesus na última ceia e invocar o Espírito Santo, consagra o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo.

Jesus Cristo, o nosso Deus e Senhor, antes de subir ao Pai deixou-nos a sagrada Eucaristia como garantia da sua glória junto d'Ele. Através da Eucaristia, o Pão para o caminho, nós recebemos a coragem e a força necessárias para este nosso peregrinar e temos a graça de nos identificarmos com o seu próprio coração. É neste sacramento onde o amor de Jesus se torna esponsal com cada um de nós, é aqui onde experimentamos a mais perfeita unidade de Deus connosco e de nós mesmos com Deus.

Que a Virgem nos ajude a receber sempre a comunhão com este desejo ardente de permanecer em Jesus, que transforma a nossa vida como transformou a vida dos Pastorinhos de Fátima e de tantos santos.