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O pecado não define quem somos


É fácil cair na armadilha de acreditar que os nossos erros dizem quem somos. Quantas vezes a culpa ou o julgamento dos outros nos fazem pensar que somos reduzidos às nossas falhas? No entanto, a verdade é outra: o pecado não nos define.


Santo Agostinho, um dos grandes mestres da Igreja, ensinava: “Odeia o pecado, mas ama o pecador.” Esta frase recorda-nos que a dignidade da pessoa é sempre maior do que as suas quedas. O mal que fazemos pode ferir a nossa história, mas não destrói a nossa essência.


Deus, que é Pai, nunca olha para nós como para os nossos erros. Ele vê sempre mais fundo. Vê o filho amado que pode recomeçar, levantar-se e aprender a viver com mais verdade e mais amor. O perdão não apaga apenas o pecado, devolve-nos a nós mesmos.


O cristão é chamado a viver este olhar em relação aos outros. Não julgar nem etiquetar as pessoas pelos seus pecados, mas reconhecê-las como irmãos que caminham, que lutam, que também procuram a graça. Amar não é ser conivente com o erro, mas é acreditar que cada coração é maior que a sua queda.


No fim, o pecado não é a nossa identidade. Ele é apenas uma sombra passageira diante da luz que somos chamados a refletir. Como dizia Santo Agostinho, odiar o pecado e amar o pecador é o caminho da verdadeira misericórdia.


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